Reijane Rodrigues, de 39 anos de idade, recebeu a primeira dose do imunizante contra o vírus da Covid-19, em Paraíso do Tocantins.
A mulher fez um cartaz com diversas fotos e escreveu uma frase para chamar atenção, a frase dizia: “Ainda existem pessoas que questionam essa dor horrível”.
No momento de receber o imunizante, o sentimento foi de muita tristeza e dor para a mulher.
Ela reside em Paraíso do Tocantins, não conseguiu se conter e acabou chorando pois lembrou dos familiares que não conseguiram resistir e vieram a falecer por conta da Covid-19.
A mulher foi até o local onde recebeu o imunizante, com um cartaz que tinha as fotos de seus familiares.
No cartaz estava escrito que o imunizante não chegou a tempo para eles e que a vida não para.
Reijane lembrou dos sonhos que ela e a mãe tinham de serem imunizadas, devido a isso ela fez o cartaz para que eles estivessem presentes no momento em que fosse vacinada.
De acordo com ela, caso os imunizantes tivessem chegado antes, os irmãos e a mãe talvez tivessem sobrevivido.
Desde o mês de agosto do ano passado, ela perdeu 3 pessoas de sua família que eram muito importantes para ela.
O primeiro que faleceu foi seu irmão, José Rodrigues de Cássio, que tinha 59 anos de idade, ele trabalhava em um táxi na rodoviária, mas no momento estava afastado do serviço.
A mulher relatou que seu irmão aceitou fazer uma viagem para o estado de São Paulo, para que realizasse a transportação de uma carga de caminhão.
A irmã o acompanhou até Goiânia para comprar mercadorias. Nesta época, ambos começaram apresentar sintomas.
O taxista foi levado para Palmas mas acabou não achando nenhum leito na UTI disponível.
Os familiares entraram na justiça e então conseguiram uma vaga em Araguaína.
Infelizmente 48 horas após ter dado entrada ao hospital, acabou não resistindo e morreu pois seus rins paralisaram.
Já no começo deste ano, seu irmão mais velho João Rodrigues, de 61 anos de idade e sua mãe Rosalira Rodrigues, de 79 anos de idade, testaram positivo para o vírus com pouquíssimos dias de diferença.
João, depois de notar os sintomas do vírus, ficou isolado em sua residência sendo cuidado por sua filha e cunhada, que são enfermeiras.
Entretanto, infelizmente não resistiu e veio a falecer no dia 21 de março deste ano.
Já a mãe de Reijane veio a falecer 6 dias depois e sem ter conhecimento de que seu filho mais velho também havia falecido.
No início ela estava apenas sentindo os sintomas mais leves e estava sendo atendida no postinho da cidade.
Reijane e seus familiares eram donos de um estabelecimento comercial na cidade já tinham 13 anos.
Ela vendeu o comércio, pois diante de toda a dor, contou que o quer mudar de cidade e começar uma nova vidaz